13 de agosto de 2011

Coronel More anuncia implantação de alerta para chuvas

O  Tenente Coronel BM João Paulo Mori, assumiu a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil em substituição ao Coronel Roberto Robadey. O novo coordenador assume a pasta num momento difícil, justamente porque após a tragédia de 12 de janeiro, a cidade ainda vive sob o clima de medo e apreensão em virtude dos riscos de novas tragédias, anunciadas pelos órgãos de controle do problema.

Com 27 anos de carreira militar, João Paulo Mori é casado , pai de três filhos, está em Nova Friburgo há 4 anos, já coordenou a Defesa civil no Governo Saudade Braga e com o final do mandato dela, assumiu o comando do 6° Grupamento de Bombeiro Militar onde permaneceu até o final da tragédia de 12 de janeiro.

Tão logo tomou posse, seu primeiro ato foi reunir toda equipe na manhã de segunda-feira, conversou bastante com o grupo, tentando reestruturar a seção. Ele informou algumas diretrizes e noivas normas, “ reuni o grupo todo, porque a DC estava meio desorganizada, informei meu método de trabalho, porque nós temos muitas vistorias atrasadas, mas tudo já está voltando a normalidade”, afirmou o Coronel Mori.

Ele vai começar um mutirão e por isso convocou todos os engenheiros, chefes de equipes, motoristas, para esse trabalho, “ estamos recebendo duas viaturas novas da Prefeitura que estão sendo adesivadas, mas até semana quem vem estarão prontas para uso. Vamos fazer um grande mutirão para tentar colocar tudo em dia”, destaca.

Este mutirão vai envolver as vistorias, trabalho de recuperação da cidade, laudos e todo trabalho de praxe da DC.

ALERTA – A segunda parte do trabalho será o sistema de alerta, com a implantação de cirenes, um sistema idêntico ao que está sendo implantado no Rio de Janeiro, que já existe no Japão, quando acontece tsunames, enchentes, terremotos, que é acionado antes de ocorrer as tragédias.

Para esse sistema, há aconteceu uma primeira reunião na manhã da última terça-feira, 09, quando esteve presente diversas autoridades ligadas à segurança municipal, para explicar o sistema de funcionamento, “ acredito que até dezembro este sistema já esteja implantado em Nova Friburgo. A população terá que ser treinada e ele será viabilizado através de convênio da Defesa Civil estadual com a Defesa Civil Municipal. A cidade vai ter um ponto seguro, provavelmente uma escola um galpão, porque não pode ser todo mundo descendo, qualquer caminho, ocupando as ruas desesperadamente, porque gera pânico, então as cirenes serão acionadas, as pessoas calmamente pegarão seus kits, as coisas mais necessárias e vão ficar naquele abrigo até passar o desastre”, assegura João Paulo Mori.

O Coronel afirma que a cidade toda é vulnerável, “ eu sempre digo que nós escolhemos viver num local quem tem vulnerabiliade, assim como o povo japonês escolheu viver no Japão com terremotos, tsunames, nós escolhemos morar em Nova Friburgo que tem problema de escorregamentos, chuvas fortes e nós temos que nos adaptar ao solo, à superfície, à geologia do local, porque essas pedras já estavam aqui há 100 anos e não vão sair, por isso nós temos que nos adaptar ao meio e não o meio a nós “, acrescenta.

Essa foi a forma que o povo dos outros países fez, eles se adaptaram, Chile, Japão, enfim, durante o perigo eles se preparam se preservam e depois retornam aos seus locais, e acho que se isso tivesse acontecido na noite de 12 de janeiro, teríamos poupado muito mais vidas”, acentua Mori.

Na verdade o objetivo da cirene, que é uma prioridade da Defesa Civil, é alertar a população, por isso, todas as comunidades terão as cirenes. Com ajuda de toda imprensa o projeto será bastante divulgado principalmente no que se refere ao treinamento, justamente porque a Defesa Civil vai elaborar um plano de evacuação.

RISCO – O Coronel Mori informou que a cidade hoje tem 240 encostas catalogadas com risco, “ é uma quantidade muito grande e infelizmente as previsões não são as melhores para as próximas chuvas de dezembro. A população ainda está em pânico, qualquer chuva como a de quarta-feira passada, assusta as pessoas, porque foi muito recente, foi agora em janeiro e daqui há três meses vai começar chover de novo, deixando as pessoas muito sensíveis “ finaliza o coordenador.

Tudo está sendo feito para evitar que a população tenha pânico e que possa tomar atitudes erradas na hora da chuva forte. Todas as áreas terão atenção da DC, não existe hoje um local específico, a prioridade é geral. Hoje existe preocupação geral com toda a cidade, por isso, a equipe toda está trabalhando com atenção redobrada.

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