7 de agosto de 2011

CUJIDADO. CONTINUAMOS SNEDO NOTICIA EM TODA MIDIA ESTADUAL E NINGUÉM SE MEXE

Conselho diz que problemas nas regiões de risco não foram solucionados.


A Região Serrana, onde mais
900 pessoas morreram após as chuvas de janeiro, pode ter uma nova tragédia dentro de 2 a 3 meses, segundo relatório divulgado nesta sexta-feira (5) pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ).

O presidente do Crea, Agostinho Guerreiro, afirmou que as cidades atingidas receberam um documento logo após a catástrofe, com o diagnóstico e as indicações de obras a serem realizadas. Seis meses depois, as prefeituras, segundo ele, ainda não resolveram os problemas registrados.

"Além de os problemas não estarem resolvidos, o período de seca está terminando. Resolvemos fazer um alerta porque há chances de uma nova tragédia dentro de 2 a 3 meses naquela região", disse.

Equipes do Crea fizeram novas inspeções na serra na quarta-feira (3). Para o conselho, caso ocorram novas chuvas intensas na região - o que pode acontecer a partir de outubro, segundo o texto - as áreas atingidas poderão sofrer uma tragédia ainda maior, já que os solos se encontram mais frágeis do que antes, após sofrerem deslizamentos de encostas e perderem a cobertura florestal.
Ações emergenciais
O novo documento apresentado nesta sexta sugere três ações emergenciais, a serem realizadas nos próximos dois meses. A primeira providência a ser tomada, para o Crea, é a implantação de sirenes (ou dispositivo similar). Uma outra medida é que seja pedido ao INPE e a outros órgãos que monitoram as condições meteorologias um sistema de aviso prévio para todas as prefeituras, para que se possa obter o aviso sobre a chegada de chuvas fortes. Por último, o Crea sugere que sejam criados abrigos nas áreas de risco. "São medidas de curtíssimo prazo, para as chuvas que vão cair agora", disse o presidente do Crea-RJ.

O conselho classificou, no relatório, como "tragédia anunciada" a atual situação da Região Serrana. Os municipios de Nova Friburgo e Teresópolis seriam os mais problemáticos.

Para Agostinho Guerreiro, a ocupação desordenada do solo foi uma das principais causas dos deslizamentos e das enchentes. "Houve uma incapacidade da natureza de dar sustentação com aquela quantidade de água que caiu", afirmou.

"Hoje temos pessoas habitando próximo ao leito do rio. As pessoas voltaram para as áreas de risco. Hoje a quantidade de gente morando em áreas que poderão ter enchentes é muito grande. São milhares. (...) Se tivermos uma chuva naquela intensidade num período grande a gente pode ter um número de mortes muito grande", ressaltou.


O novo relatorio do Crea-RJ será entregue ao Ministério Público estadual ainda nesta sexta-feira. (fonte: Carolina Lauriano Do G1 RJ )
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Relatório do Crea-RJ: omissão na Região Serrana pode causar nova tragédia

Estudo foi entregue quinta-feira ao Ministério Público e pede intervenções emergenciais
                Jornal do Brasil - Jorge Lourenço

O Conselho Regional de Engenharia do Rio de Janeiro (Crea-RJ) divulgou, na tarde desta sexta-feira (05/08), um relatório no qual classifica a situação atual da Região Serrana como gravíssima. De acordo com o estudo, uma tragédia de impacto tão grande quanto a de janeiro pode acontecer nas cidades de Teresópolis e Nova Friburgo caso medidas emergenciais não sejam tomadas até o começo do novo período de chuvas, que começa em outubro. No começo do ano, mais de 900 pessoas morreram na região.

De acordo com o presidente do Crea-RJ, Agostinho Guerreiro, o poder público foi omisso nos últimos meses e não tomou medidas básicas necessárias para conter novas tragédias. Em vista disso, o relatório com recomendações emergenciais foi enviado para o Ministério Público Estadual. A ideia é a de que o órgão use uma ação judicial para obrigar as autoridades a tomarem medidas na Região Serrana.

“Estamos falando de milhares de pessoas em áreas de risco. Se algo não for feito em breve, essa tragédia tem grandes chances de se repetir”"No começo de 2010, fizemos um relatório sobre a tragédia de Angra e avisamos que o próximo ponto de risco de uma grande tragédia seria na Região Serrana. Não é uma previsão da qual nós nos orgulhamos, mas ela se cumpriu e foi e completamente ignorada pelas autoridades. Isso não pode acontecer novamente", disse Agostinho Guerreiro. No começo de 2011, logo após as chuvas na Região Serrana, o Crea-RJ fez um novo relatório sobre as áreas afetadas e enviou ao governo estadual e às prefeituras. "Novamente, nada foi feito. Eles foram completamente omissos. Até quando teremos essa omissão?".

Ainda de acordo com Agostinho, as medidas propostas no novo relatório não evitarão uma nova catástrofe e visam apenas minimizar os danos de uma possível chuva forte entre outubro e março. No estudo, o Crea-RJ pede a colaboração do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) para monitorar possíveis chuvas, a instalação de sirenes nas áreas de risco e a criação de abrigos adequados para a população.

"Honestamente, nós achamos essas medidas quase que grosseiras. Elas estão longe do ideal, mas falta tão pouco tempo para o período de chuvas que esse é o mínimo que o poder público precisa fazer", lamenta o presidente do conselho, que criticou as obras feitas nas cidades afetadas em janeiro. "Fizemos uma série de recomendações de curto, médio e longo prazo no começo do ano e as autoridades simplesmente ignoraram. As prefeituras locais e o governo estadual fizeram algumas obras, mas foram muito pequenas".

Inicialmente, as recomendações do Crea-RJ eram de proteger o solo e aumentar a capacidade de recepção de águas das cidades, além de obras de contenção. Sem tempo hábil para fazer grandes obras com a chegada da nova estação de chuvas, Agostinho culpa as prefeituras locais pelo que ele chama de "negligência inaceitável com a vida humana".

"Todos têm culpa, desde a esfera municipal até a federal. Mas, segundo a Legislação, quem tem a responsabilidade de cuidar do uso da terra é a prefeitura de cada município. A grande culpa disso tudo é a ocupação desordenada do solo. Mas não estamos falando do mandato de um ou outro prefeito, e sim o acúmulo de erros de 20 anos", ressaltou o presidente do Crea-RJ. "Estamos falando de milhares de pessoas em áreas de risco. Se algo não for feito em breve, essa tragédia tem grandes chances de se repetir".

O QUE ESTAMOS ESPERANDO??????????? TUDO SE REPETIR , MORRER MAIS GENTE , CRUZAR OS BRAÇOS ?????????????

ACORDEMOS !!!
 

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