5 de maio de 2012

Posição do Prefeito Sergio Xavier contra o aumento das passagens de ônibus é digna de aplauso

Na hora certa o Prefeito Sergio Xavier  deu um “chega pra lá” na concessionária dos transportes coletivos de Nova Friburgo. Realmente a função de uma concessionária é estar ao lado do povo e não contra o povo como a FAOL, Energiza, EBMA, Águas de Nova Friburgo e outras mais que só visam a cor do real que vai engordar a conta bancária de seus dirigentes.

No que se refere especificamente à FAOL, que explora o transporte coletivo da cidade há mais de 50 anos, já está na hora de uma concorrência, pois tudo aquilo que é monopólio, vira fonte de exploração.

Querer comparar São Paulo com Nova Friburgo, como um cidadão citou esta manhã na Praça Dermeval Barbosa Moreira é no mínimo brincadeira. Ele afirmou que em São Paulo a passagem é R$ 3.50.

Lá, na Capital Bandeirante, o passageiro que apanha um ônibus no ponto inicial da Praça Salvador Correa em Capão Redondo, Zona Sul de São Paulo, até o Vale do Anhangabaú, ponto final, vai pagar realmente R$ 3.50 mas vai andar de ônibus durante 65 minutos e atravessar toda região Sul até o centro da cidade. 

Se por outro lado ele entrar o ônibus no Santuário da Penha, Zona Leste de São Paulo e for até o ponto final, ele só vai descer no Largo do Arouche, do outro lado do centro da cidade. Estes são alguns dos exemplos do transporte coletivo na maior cidade da América do Sul.

Em Nova Friburgo, se um passageiro apanhar o ônibus no ponto final de Olaria e for até o Terminal Rodoviário de Transbordo Cesar Guinle, conhecido como Rodoviária Urbana na Praça Getulio Vargas, ele ficará dentro no ônibus no máximo 20 minutos.

Além disso  a frota da FAOL já não é mais a mesma, há lugares que estão sem ônibus, no horário do rush a empresa retira quase 15% dos seus coletivos de circulação. Parece pouco, mais menos 15% de ônibus entre 16 e 19h representa muita coisa e uma imensa dificuldade para os trabalhadores que depois de um dia incessante de batalha são obrigados ainda a ficar em filas, pegar ônibus lotados e etc.

Dois exemplos desse descaso eu precisam ser coibidos urgentemente e de forma enérgica

Quarta-feira, 02 de maio, uma senhora, que preferimos não citar seu nome, por ser gente conhecida na cidade, foi a Conselheiro Paulino, levar um notebok para consertar. Ela pegou um ônibus na Avenida Conselheiro Julius Arp em frente a Fábrica de Rendas e foi até a Avenida dos Ferroviários, 2289, escritório da Fricomp. Quando tudo estava resolvido, por volta das 13h15 ela foi para o ponto de ônibus para retornar á sua casa, ficou até 14h05 no ponto de ônibus, porque os três coletivos que passaram nestes   35 minutos estavam superlotados.

Quinta-feira, 03 de maio, acompanhamos o retorno para casa de um comerciário que mora no ponto final da Varginha. Ele saiu do seu trabalho às 19h e fi para o ponto de ônibus na Avenida Alberto Braune, em frente a Banca de jornais do Chiquinho. Ele só conseguiu apanhar ônibus às 19h50, porque um ônibus que passou não parou. O que ele conseguiu estava superlotado e ele teve que ir em pé, imprensado como sardinha em lata.

 Nesse sentido, o Prefeito Sergio Xavier está coberto de razão quando diz que a questão salarial dos rodoviários é de responsabilidade da empresa que os emprega, nesse caso a FAOL, principalmente porque ela é única, exclusiva, goza de todas as benesses que poucas empresas talvez no Brasil têm.

Ficar incitando a classe a fazer greve alegando falta de dinheiro para aumentar o salário de trabalhadores, é uma questão séria, anti ética e rigorosamente fora de propósito nu momento em que a economia da cidade está abalada e sem opções de melhora.  

Finalmente, a coragem do Prefeito Sergio Xavier é digna de aplauso, pois alguém tinha que tomar uma atitude enérgica. Se todos os prefeitos anteriores tivessem tido a mesma postura, hoje talvez tivéssemos situação melhor em matéria de transporte coletivo.

Aliás este assunto já vem sendo debatido pelo Vereador Luciano Faria, Presidente da Câmara Municipal e outros parlamentares, há muito tempo, justamente porque o povo friburguense não pode mais pagar pelo ônus de uma empresa que dentro da cidade é rainha.

E temos certeza que todos os vereadores estão juntos com o Prefeito Sergio Xavier nessa empreitada das mais difíceis para o município.

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