Se até o mês passado quando competou-se cinco meses da tragédia de 12 de janeiro o clima na cidade ainda era de luto. Agora então piorou.
Muita gente criticou o Bispo da Diocese de Nova Friburgo d. Edney Gouvêa Mattoso quando em várias homilias ele pediu o fim do luto e a reconstrução da cidade.
Mas a verdade é que o luto continua. A cidade continua parada, destruída, numa inércia desesperadora, sem vontade de viver, acomodada.
Onde estão as centenas de familias que perderam tudo e ficam relcamando pela imprensa que ninguém faz nada. Porque elas não aparecem nos protestos públicos que estão infiltrados de sindicatos, políticos e aventureiros que querem holofotes?
É hora de recomeçar, aliás já passou da hora. Há momentos na vida que temos que fazer como diz o Evangelho de São Mateus no capítuo 8, quando Jesus Cristo disse “deixa que os mortos sepultem os seus próprios mortos”
Isso parece não fazer sentido, porque os mortos não podem enterrar ninguém, mas
Jesus não estava falando daqueles que estão fisicamente mortos, mas daqueles que estão espiritualmente mortos. Ele pediu que o homem o seguisse e este lhe respondeu dizendo que desejava primeiro dar assistência à sua família.
Que isso sirva de lição para todos nós friburguenses, principalmente nossas autoridades constituídas: o que está em primeiro lugar: A familia? Quem ficou? Nós que temos que continuar a vida? A cidade totalmente destruída? Nosso bem estar? A iamgem de uma cidade que outrora foi exemplo no cenário nacional?
Ou vamos ficar a vida inteira curtindo luto. Um luto eterno. Um luto que não leva a lugar nenhum. Evidentemente que temos coração, sentimento e a saudade nunca vai passar, mas paralela a esta saudade somos gente, que tem obrigação de devolver os dias de glória dessa cidade, tão maravilhosa e acolhedora.
Deus nos enviou um sinal, ele mostrou que estava tudo errado, mas este mesmo Deus nos pede fé, coragem, vida nova. Ele faz a parte dele e nós temos que fazer a nossa.
Chega de luto, chega de tristeza, vamos trabalhar, vamos dar as mãos, vamos fazer um mutirão de trabalho, reconstrução, solidariedade. E vamos também, porque não,
cobrar das autoridades mais seriedade da parte delas, principalmente no que se refere ao dinheiro público, pois pagamos impostos e eles são muitos, e não podemos mais ficar deitados eternamente em berço esplêndido, esperando que as coisas caiam do céu.
ACORDA FRIBURGO! LEVANTA-TE NOVA FRIBURGO
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